Mulheres na grande tela

Perestroika
3 min readMar 19, 2018

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Atualmente, vive-se um período de maior busca por representatividade nos diversos setores e no cinema não seria diferente. Recentemente, foi lançado o filme Pantera Negra que leva aos espectadores um elenco majoritariamente negro no quais as personagens desempenham papéis complexos e nada estereotipados. Entretanto iniciativas assim ainda são minoria um relatório feito pela Annenberg Escola de comunicação e Jornalismo da Universidade do Sul da Califórnia comprovou que entre 2007–2016 os maiores investimentos do cinema estadunidense ainda eram destinados a personagens maculinos, brancos, heterssexuais e sem deficiências. Além disso, o levantamento mostrou que dos quase 40 mil personagens com falas dos 900 filmes lançados no período analisado, somente 31,4% deles foram para personagens femininas, 29,15 para negros, 2,7% para deficientes, 1,1% da homossexuais e nenhum para transgêneros. Então, que tal subverter essa ordem e valorizar produções nas quais as minas estão presentes e são atuantes? Confira alguns títulos que separamos.

As sufragistas

Manifestações pacíficas que reivindicavam o direito ao voto feminino não haviam surtido efeito junto aos governantes do Reino Unido no início do século XX. Em função disso, um grupo de mulheres resolveu adotar outra tática e começou a praticar atos de insubordinação em pela busca de igualdade de direitos.

Malala

Ela tinha 15 anos e estava dentro de um ônibus escolar voltando para casa quando foi gravemente ferida com um tiro na cabeça. A ação criminosa do grupo Talibã foi feita para calar e dar fim à luta de Malala que é a defesa de acesso à educação para mulheres. O documentário mostra a trajetória dessa personalidade emblemática que ganhou o Nobel da Paz por sua coragem.

Maya Angelou — E ainda resisto

Neste documentário é narrada a vida e a obra da ativista, escritora, atriz e poeta Maya Angelou. A jornada dela entrelaçou-se com alguns dos momentos mais marcantes da história recente dos Estados Unidos, principalmente na década de 60, e com os movimentos dos direitos humanos e dos direitos civis da população negra.

What happened Miss Simone

Ativista dos direitos civis dos negros, cantora e pianista, a rainha do soul tem sua vida contada desde a infância até seu falecimento nesse documentário da Netflix. Por meio de gravações inéditas, diárias, cartas e entrevistas a trajetória desse fenômeno musical é recontada.

Frida

Uma das maiores pintoras do Surrealismo, tem sua vida mostrada ao público nesse longa metragem que aborda o casamento que a artista teve com o polêmico Diego Rivera, mas, além disso, mostra a força dessa mulher que rompeu paradigmas.

Thelma & Louise

Louise Sayer mata o homem que abusou sexualmente de sua amiga, Thelma Dickinson. Após o crime, ambas decidem fugir de carro para o México, mas são perseguidas pela polícia estadunidense. Esse filme acabou se tornando uma das referências cinematográficas para algumas correntes feministas.

Jeanne Dielman

O longa mostra três dias na vida de Jeanne, uma mulher jovem viúva, que mora com o filho adolescente. A junção do sufocamento pela rotina com o fato da personagem se prostituir em casa conduzem Jeanne a um trágico final.

Ela fica linda quando está com raiva

Este documentário resgata a história do movimento feminista dos EUA nas décadas de 1960 e 1970 e traz a voz de personalidades importantes do período, como Kate Millet e Eleanor Holmes Norton.

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Escola de atividades criativas.

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