Esqueça as respostas. O seu diferencial está na qualidade das suas perguntas.

Em um mundo onde as respostas estão na ponta dos nossos dedos, precisamos repensar o valor das perguntas.

Perestroika
4 min readApr 25, 2019

Se buscarmos a origem da maioria das inovações, a sua base veio de boas perguntas. E foi criando uma aula nova para o KGB Inside Cases que parei para pensar nisso.

1. E se juntássemos MP3, máquina fotográfica e telefone em um só aparelho?

2. Como podemos viajar de maneira mais barata ou monetizar nosso apartamento?

Você provavelmente já sabe quais foram as respostas, certo? Por isso, volto a afirmar:

Perguntas estão na base da inovação. As perguntas são as novas respostas.

Além de serem importantes para inovação, elas estão se tornando uma fonte de sobrevivência. E isso se torna cada vez mais evidente quando analisamos o padrão da vida moderna. Resolver problemas complexos e lidar com mudanças repentinas já são uma realidade. Precisamos nos adaptar constantemente. Como diria Bruce Lee: “ be water my friend “.

E as perguntas são excelentes ferramentas para isso, elas nos permitem organizar os pensamentos a cerca do que não sabemos. Pouco tempo atrás aprendi que estratégia não é definir o que vamos fazer, e sim aquilo que não vamos fazer. Faz sentido né? Tem tanto conhecimento por ai que o mais importante agora é darmos um passo para trás e pensar no que questionar.

E é aí que entra o valor das perguntas. É aí que começamos a nos diferenciar.

Pesquisas mostram que crianças de 4 anos fazem em média 300 perguntas por dia, porém a partir do momento em que elas vão para ESCOLA isso cai muito. Chegando a quase zero depois de alguns anos.

Mas qual a razão disso? O que acontece é que na escola fomos educados a valorizar apenas as respostas, enquanto que as boas perguntas não tem valor. Além disso os professores estão tão limitados a seguir o plano, a grade escolar é tão rígida e inflexível que eles não tem tempo para perguntas fora do script (lamentável). Mas nem tudo está perdido. Existem métodos como o Socratic Seminar e institutos como o Right Question Institute que desenvolveram sistemas focados em encorajar crianças a pensarem na qualidade das suas perguntas. Mas ainda estamos muito aquém em relação a isso.

Uma boa pergunta, gera movimento, tira as pessoas do conforto, faz elas se mexerem, pensarem diferente, ativarem outras partes do cérebro.

Isidor Rabi, físico e cientista americano, prêmio Nobel e inventor da ressonância magnética costumava dizer que se tornou cientista pois toda vez que voltava da escola sua mãe não perguntava coisas como: como foi seu dia? ou o que você aprendeu hoje? Ela perguntava:

Quais foram as boas perguntas que você fez hoje?

Isidor afirmou em uma entrevista: “Eu tenho certeza de que esta sua preocupação que eu buscasse fazer boas perguntas é que fez de mim um cientista.”

Existe uma técnica famosa que ajuda a pensar a partir de perguntas que se chama 5W2H, que em inglês significa: What, Why, Where, When, Who, How e How much. Essa é uma técnica que surgiu do controle de qualidade no Japão e que hoje é muito utilizada por administradores e gestores de projetos. Cada ponto da matriz se torna uma pergunta, e adiciona uma camada extra de clareza e entendimento do problema em questão.

Super fácil e simples de usar :)

Há alguns dias, participei de um webinar da IDEO com a presença de Warren Berger, autor do livro The Book of Beautiful Questions. Segundo Warren, existem dois tipos de pergunta:

  1. Perguntas que você faz para você mesmo. Essas devem ser poderosas e ambiciosas, afinal vão guiar a sua vida no futuro.
  2. Perguntas que você faz para outras pessoas. Devem ser respeitosas e embasadas, pois vão determinar a sua relação com o outros e com o mundo.

No livro, Berger afirma que as perguntas podem nos ajudar em 4 quadrantes da nossa vida: processo de decisão, processo de criação, conexão e liderança. Comecei a ler o livro e estou adorando!

E, depois de muito pesquisar a respeito desse incrível universo, desenvolvi um “sistema” para construir boas perguntas:

Ficou curioso? Quer saber mais sobre cada um dos pontos? Me chama no instagram(@jeanrosier) que compartilho todos os detalhes exclusivamente pra você.

Questionar não é mais opcional, é obrigatório.

E o simples fato de fazer você pensar no assunto já é uma maneira de ativar esse sistema. Afinal, pensar nada mais é do que o processo de perguntar e responder.

E você, está pronto para isso?

PS: se faz sentido e você gostou, clap quantas vezes quiser :)

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Written by Perestroika

Escola de atividades criativas.

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